"Buscar sentido na Arte a destrói, simplesmente porque a Arte é o sentido dos sentidos"

Juliana Bonnet




sábado, 18 de setembro de 2010

História Social da criança e da família
     
 Philippe Ariès


As idades:
                                                                
Correspondência dos números (a importância que a sociedade dá para a idade)
Classificação de idades:
0-7 anos: “Primeira infância” (a criança não fala bem porque seus dentes ainda não estão ordenados).
7-14 anos: ”Segunda idade”/puridade
14-28 anos: “Terceira idade” (adolescência pode se estender até 30 ou 35 anos. A pessoa é bastante amadurecida para procriar. Nessa idade a pessoa alcança toda grandeza que lhe é dada por natureza).
35-45/50- “Juventude” (Devido a força que está na pessoa para ajudar a si mesma e aos outros).
50-69- “Gravidade” (a pessoa é grave nos costumes e manias).
70 em diante- “Velhice” (os sentidos não estão tão apurados como já foram).

JOGOS/BRINCADEIRAS
• Com pouca idade a criança já participava de jogos de rimas e de azar. 3 a 4 anos “a criança jogava os jogos e participava das mesmas brincadeiras dos adultos, quer entre crianças, quer misturada com adultos” Pag. 92

•” Partimos de um estado social em que os mesmos jogos e brincadeiras eram comuns a todas as idades e a todas as classes” Pag. 124

• 7 anos: idade de certa importância, pois a criança deveria a partir daí começar a trabalhar ou estudar

• Os meninos brincavam de boneca

• “Quanto aos divertimentos dos adultos não se pode dizer realmente que fossem menos infantis do que as diversões das crianças” (Van Marle). “É claro que não, pois se eram os mesmos!” Pag. 93

• Os defensores da ordem moral classificavam os jogos como atividades semi-criminosas com a embriaguez e a prostituição. Pag 112


OS SENTIMENTOS DA INFÂNCIA NA SOCIEDADE  
• Nada no traje dos indivíduos distinguia crianças de adultos (as roupas eram iguais).
• Não haviam termos que separassem a  infância da adolescência
• em quadros e etc. as representações de adultos e crianças eram iguais. As crianças tinham o corpo idêntico ao de adultos, a única diferença era o tamanho.
• a vida cotidiana das crianças era igual à de um adulto. Com poucos anos a criança aprendia a jogar jogos de azar, etc.
• a infância era uma fase sem importância (indiferença/ insignificância).
• a distinção entre meninos e meninas não existia. Eles usavam as mesmas roupas e brincavam das mesmas coisas. Obs.: Os adultos também brincavam com as crianças


• Paparicação- consciência da inocência e da fraqueza da criança
Adestramento- adestrá-las e assim separá-las da vida adulta

• Séc. XIV ao XVII, o hábito de confiar às crianças uma função especial no cerimonial que acompanhava as reuniões familiares e sociais, tanto ordinárias como extraordinárias “ Pag. 98
Essas atitudes revelam uma mudança quanto ao entendimento da infância, pois as crianças serviam as bebidas, realizavam as rezas (fatos considerados muito importantes na época)

• Do despudor a inocência: Era costume que os adultos brincassem com o sexo da criança.

• “Se começou realmente a falar da fragilidade e na debilidade da infância. Antes a infância era mais ignorada, considerada um período de transição rapidamente superado e sem importância”  Pag. 138


 FAMÍLIA

• A família de instituição do direito privado passa a ser além disso transmissora de bens e nome (função moral e espiritual).
• A partir dos sete anos a criança ia morar com outras pessoas que não seus pais para assim aprender

ARTE/ CULTURA/ EXERCÍCIO

• Pag. 101, 102 e 103: A criança precocemente aprendia noções musicais e noções rítmicas (dança)

• Pag. 101, 102, 103, 109, 108, 112, 113: Falam sobre teatro e dança

• “O exercício físico parece ser de pouca utilidade quando se mistura aos estudos espirituais e aos exercícios religiosos, ao contrário, provoca um grande desenvolvimento da saúde quando é conduzido alternadamente com os estudos teóricos e científicos” Pag. 110
• “admitiu-se cada vez mais a importância dos exercícios físicos” Pag. 113
•’ “Não apenas se parou de anunciar a imoralidade da dança, como se passou a ensinar dança nos colégios, pois a dança ao harmonizar os movimentos do corpo evitava a falta de graça e dava ao rapaz elegância e postura” Pag. 112



Resumo escrito por Juliana Bonnet
                                                                                                
(Zahar editora, 1978, Rio- Brasil)

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